Saturday 25 April 2009

Eastbound & Down

Poderá ser o grande evento da comédia norte-americana neste ano, num momento que a televisão ou nos trás mediocridade (os últimos episódios de How I Met Your Mother, Scrubs) ou pouco de novo. Eastbound & Down tem apenas seis episódios, passou no canal da HBO e apresentou-nos a uma das personagens mais execráveis da história recente. Mas a maior revelação será o tiro certeiro no tom definido por Danny McBride sem ceder a qualquer politicamente correcto.
Eastbound & Down é misoginista, sexista, nada pedagógico e, se não me engano, a terceira frase dita pelo famigerado Kenny Powers (McBride) consegue ser racista e homofóbica ao mesmo tempo. O argumento não é cai no primário, está aliás muito bem escrito, mas louvo a capacidade de ser tão progressista na sua falta de charme e desrespeito total. Acima de tudo é a noção do público que faz esta fórmula vencedora. Um grande exemplo, depois de cinco episódios a comentar os seios de uma das personagens, a série dá um "money-shot" só para quem aguentou todo o abuso, uma piscadela de olho fenomenal que parecia que só por si se torna um gag.
Uma pérola que já vai ter uma segunda temporada embora não tenha recebido grande sucesso de público para lá do culto que já o segue, mesmo com a participação de Will Ferrel.
Merece ser descoberto. Nem que seja para ouvir os tindersticks na banda sonora, e quantos pontos de indie cred é que isto dá?

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